domingo, 25 de dezembro de 2011

COVARDIA GERA COVARDIA.



         Este vídeo me impressionou muito, como a todos ao redor do mundo. Na ocasião não pude comentá-lo, pois ainda não tinha criado o blog da cultura da NÃO COVARDIA.
         De cara chama a atenção, a cena de um baixinho magrinho hostilizando um grandão, é uma cena improvável, que só foi possível devido ao excesso de passividade do grandão. Todos nos sabemos que em grande parte, o Bullying é conseqüência desse encontro do chato implicante, com um outro muito retraído.             
          Agora, o implicante se sentiu tão seguro, que perdeu totalmente a noção da realidade. Mas é justo dizer que o grandão também perdeu a noção da realidade. Porque digo isso, porque não seria normal, ele se sentir acuado, por um garoto tão menor que ele e não seria necessária, toda aquela violência, para ele se livrar do pequeno.
          A um tempo atrás eu estaria comemorando, como muitos comemoraram, atitude daquele menino oprimido, que reage a humilhação. Só que isso era antes, de eu ter o entendimento, que a COVARDIA é o mal maior na vida em sociedade. Por essa ótica, aquela cena era é a derrota dos ideais da cultura da NÃO COVARDIA. Eu reconheço que aquele baixinho era um tremendo de um pentelho, mas a verdade é que, qualquer peteleco do grandão, faria ele sair chorando com o rabo entre as pernas. Não precisaria nunca chegar ao ponto de uma criança boa e pacifica, num breve instante, quase se transformar na coisa mais hedionda sobre a face da terra, um assassino covarde. Digo isso porque, por pouco o pequeno não saiu dali aleijado ou até mesmo morto. E existia próximo dali uma mureta de concreto e a reação do grandão foi tão intensa, que por mera sorte dos dois, o pequeno não foi arremessado precisamente contra a quina de concreto.
          Assistindo a esse vídeo, vamos vendo uma sucessão de cenas lamentáveis, que vão dando margem ao seguinte questionamento:
Porque alguém se sente tão à vontade para implicar com outra que esta quieta, se isso é tão desagradável?
Porque um pequeno sente tanta segurança de intimidar um grandão, se isso e tão ariscado?
Porque um grandão sentiria tanto medo de um pequeno, que poderia machucar com facilidade?
Porque um grandão atacaria um pequeno com tanta violência, se isso é uma coisa tão hedionda?
Porque muitas pessoas, aplaudiram um grandão quase matar um pequeno, se isso é tão revoltante?
        A causa e ao mesmo tempo a resposta para essa sucessão de fatos lamentáveis, é que vivemos mergulhados desde sempre, em uma cultura de COVARDIA.
        De uma forma resumida, digo que em nossa atual realidade, aprendemos apenas, que a violência e uma coisa muito errada. Por isso as pessoas introvertidas,  onde se inclui o garoto maior, devido sua dificuldade de se expressar como um todo, represam mais sua agressividade, tão censurada pela nossa sociedade, quando a violência vem à tona é de forma descontrolada. Já as pessoas perversas, desprovidas de censura moral,  conseguem controlar melhor a sua agressividade, se sentem livres para provocar os mais retraídos e só agridem em condições covardes.
        Se ensinarmos para nossas crianças, o quanto antes, de uma forma bem clara e direta que: Raiva, agressividade e violência não são coisas legais, mas que as vezes podem acontecer. Só a  covardia  que é uma coisa muito errada, que nunca pode acontecer. A covardia é o recurso das pessoas ruins. E se todo mundo usar de  covardia , todos nos ficaremos ruins. Este é o primeiro e principal passo para criarmos uma cultura de NÃO COVARDIA.
        Em uma realidade hipotética onde já vivesse-mos mergulhados em uma cultura de NÃO CORADIA está cena improvável não aconteceria. O grandão quieto se sentiria mais à vontade, para dar vazão a sua agressividade, que se manifestaria de uma forma controlada, evitando apenas usar de  covardia para repelir o pequeno, talvez só  com um empurrão ou bastasse um grito. E também por outro lado, o pequeno implicante, não teria tanta facilidade para se  apoiar em um grupo e se sentir à vontade de intimidar o grandão. Um jovem pacifico, não correria o risco de se tornar um assassino covarde e as pessoas não aplaudiriam uma cena de violência covarde, pensando que aquilo pode ser uma coisa boa.
          Aquele garoto pequeno pode ter aprendido uma lição, que já é antiga: Não se meche com quem está quieto. Mas o mundo teima em não aprender uma lição que milênios de historia já compravam de forma exaustiva. COVARDIA NÃO IMPORTA O PRETEXTO, SÓ GERA MAIS COVARDIA, ETERNIZANDO AS CONDIÇÕES PARA OS PERVERSOS OPRIMIREM O MUNDO.

3 comentários:

  1. Este pequeno filme não é exemplo de covardia!... A covardia é um acto consciente da inconsciência de um mundo onde os adultos dão os piores exemplos!... Uma criança é uma criança, em formação física, mental, psicológica, social... enfim, em pleno desenvolvimento do controlo de suas reacções e integração. Uma criança é incontrolável. Grave é que muitos que parecem adultos não
    passem de crianças nos actos, tanto de ataque ou de defesa!... No fundo, todos nós gostamos de ver essa criança fisicamente avantajada a pregar uma "lição" ao pobre magricela que foi, sem dúvida, incentivado por um grupo constituído por colegas mais velhos, como se verifica neste vídeo!... O conceito de covardia, a ser aplicado, neste caso, seria ao grupo que ocupa a primeira fila do "teatrinho" desta sociedade, para ver o resultado da desproporção, que não deixa de ser espectacular!... Verifica-se que há uma mudança de atitude em alguns elementos do grupo, passando do gozo da expectativa ao acto de tomar partido do rapazinho "grandalhão. Interessante como outros colegas do "rapazito", esboçam uma reacção de defensores, mas sem convicção e nítido medo!... Alguns desses "heróis", já com alguma consciência do bem e do mal, experimentaram o sabor do medo, da vergonha e, consequentemente, da covardia!... Eles, os mais velhos, o grupo, podiam ter evitado os vários maus exemplos!...

    Interessante o nome deste blogue!...



    Abraço

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  2. Gabriel, bom texto. Gostei muito da discussão sobre a perversão e a crueldade cultivada, que gera, segundo as suas palavras, uma cultura da covardia. Enfim, espero que o seu exemplo seja levado adiante. É o que todos nós precisamos no atual momento.

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  3. O covarde no caso era o magrinho, achando que era o bam-bam-bam.Que podia tudo. Acostumado a zuar.
    O gordinho perdeu a calma e defandeu-se. Pura defesa.

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A covardia tá comendo. Que bom que você vai comentar!