quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

COVARDES EVENTUAIS.

     
        Esta é mais uma tragédia que ocorre no planeta covardia. E para que não seja em vão o sacrifício deste ser inocente, que seja útil, na compreensão da necessidade de buscarmos uma solução para este estado de coisas. O fato em questão se presta para compreendermos o fenômeno da  COVARDIA EVENTUAL.  Não é de todo em vão, que tentemos achar resposta a pergunta, do porque uma mulher moderna, de uma sociedade moderna ,se presta a cometer um ato bárbaro, diante de sua própria filha, como se estivesse lhe dando uma aula de iniciação a crueldade.
     Parece que ao mesmo tempo que a sociedade evolui em termos de valores, estes mesmos valores se relativizam e a moral se afrouxa, de maneira que não alcançamos os níveis de civilidade que já deveríamos estar desfrutando, baseado nos valores vigentes. Esses valores ficam a nível do discurso, não são capazes de moldar um ser, com o caráter que uma sociedade evoluída precisa. Esta situação é que possibilita um fenômeno mais comum do que possamos imaginar, o crime eventual e é este tipo de criminoso, o responsável pela maior parte dos crimes deste mundo. São passiveis de arrependimento e recuperação, mas ai também, o sistema atual não favorece e em grande parte tornam-se criminosos profissionais.
     Vamos nos acostumando a ver regras sendo quebradas, negligenciadas, desconsideradas e esquecidas. Em resumo poderia dizer que a nossa diversidade de valores e códigos morais virou um tipo de livro muito pesado, esquecido como objeto de decoração, na prateleira mais alta de uma estante. Quando nossa consciência precisa consultá-lo, dá uma preguiça ir alcançá-lo e folheá-lo, resolvemos então agir como bem nos convém, achando que ninguém liga mais para nada ou não vai saber de nada mesmo. Quando somos flagrados em um crime grave, como foi o caso da enfermeira, é que vamos nos dar conta destes valores, vem a vergonha e o arrependimento, mas ai um ser inocente já pagou com a vida. Mais um crime eventual foi consumado.
       Nosso mundo, parece que desde sempre, foi feito de um pequeno percentual de pessoas de caráter forte , um outro pequeno percentual de pessoas sem nenhum caráter e uma imensa maioria de pessoas comuns, mais ou menos fortes ou mais ou menos influenciáveis por circunstâncias, e mais um outro grande contingente de crianças e jovens com o caráter em formação. Toda essa multidão, encontra-se, a cada dia que passa mais e mais passível de ceder ao delito ou em casos extremos ao crime eventual. Esse é notadamente, um processo ladeira abaixo.A força para frea-lo precisará ser muito grande e maior ainda a força para reverte-lo, o que parece fugir as nossas possibilidades. Neste ponto precisamos achar um método alternativo, que no meu entender é a cultura da NÃO COVARDIA.
       Como já venho tentando demonstrar  neste blog, a cultura da não covardia é a eleição de um valor básico primordial e o cultivo extremo deste valor(o trunfo da não covardia é a  sua natural unanimidade e por não se prestar a nenhum tipo de intolerância) e desta forma interromper este processo de crescente relativismo e subjetivismo dos valores, que parece não dar mais conta da problemática da vida em sociedade complexa, leva os conflitos ao campo da eterna discussão,  prevalecendo a violência covarde no final.

2 comentários:

  1. Continue com a sua jornada de coragem durante todo o ano de 2012, e todos os outros que o tempo tiver guardado para você.

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  2. Ela só perdeu objetos e o cachorrinho que perdeu a vida?
    A vizinha teve participação, pois foi colocar na net para aparecer na mídia. Ela deveria ter chamado a polícia de imediato.
    Na minha opinião ela (a viziznha) é cúmplice. Assistiu como um espetáculo.

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A covardia tá comendo. Que bom que você vai comentar!