O ano letivo está terminando e mais um caso de violência em escola acontece. O
Mais Você desta quarta-feira, 07 de dezembro, alertou pais e educadores quanto à questão da violência, em um local onde crianças e jovens deveriam estar a salvo, e mostrou que já estão presos os envolvidos no crime de Jéssica Borodiaki. "O reforço de policiamento é importante, porque nos dias de hoje, a violência não para de crescer”, alertou Ana Maria Braga.
A adolescente tinha 15 anos e estudava em uma escola pública de Guarapuava, na região central do Paraná. Jéssica foi morta a facadas na semana passada, quando saía da escola. A agressão partiu de três adolescentes, duas delas eram colegas da jovem. Uma semana depois do crime, ninguém entende a razão desse vandalismo que acabou em tragédia. “São crianças brigando com crianças e que, infelizmente, tiveram esta atitude covarde que tirou a vida da Jéssica”, comentou Marcio Lima dos Santos, o pai da estudante.
Casos de violência entre jovens assombram o país
Apresentaram-se à polícia a menor de 15 anos, que deu as facadas em Jéssica, e Altevir José Machado, de 20 anos, o namorado que ajudou na fuga da adolescente. Ela aguarda na delegacia uma vaga em instituição para menores infratores. Altevir está preso temporariamente e as outras duas adolescentes foram encaminhadas a um centro de "ressocialização" em Curitiba. “Certos comportamentos vão gerar consequências e eles não estão preparados para estas consequências. Eles precisam ser trabalhados e orientados”, afirmou a psicóloga Cintia Ribeiro.
Cresce a violência e agressões entre meninas
Brigas, socos e pontapés, tudo isso sempre esteve mais associado aos meninos. Hoje, porém, está ficando mais frequente entre as meninas. Uma simples discussão pode se transformar em brigas com sérias consequências. O
Mais Você relembrou alguns casos já mostrados no programa e mostrou imagens de meninas brigando, que foram postadas na internet por elas mesmas.
Ana Maria Braga consultou a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, especialista em comportamento humano, e passou algumas informações sobre a representação desses vídeos. “É aquela coisa, quem não fizer a minha vontade é o próximo a ser humilhado, os vídeos são como uma ameaça”, explicou a apresentadora.
Pesquisas mostram que 15% das mulheres que começam a brigar na adolescência viram criminosas na fase adulta. A agressividade das meninas é um problema que atinge todas as classes sociais - nas famílias mais pobres, a violência é mais física; enquanto nas classes mais altas, a violência pode ser mais camuflada, fria, manipulada, na base das chantagens e ameaças.
E a violência que existe dentro de casa também é um dado que acaba gerando violência nas ruas. “É uma realidade muitas vezes perversa”, comentou Ana Maria. São 42 mil assassinatos de mulheres em 10 anos; 70% delas em casa: uma história de violência a cada 25 segundos.
O que fazer?
- preste atenção na agressividade: vale para meninos e meninas;
- se o jovem está se recusando ir à escola, isso pode ser um sinal de que está sofrendo alguma pressão;
- domingo à noite o adolescente começa a ter dor de barriga ou dor de cabeça? Sinal de que pode ser algum problema de insegurança ou medo de ir à escola;
- perfil agressor: adora ir à escola e não falta à nenhuma festa;
- repare se a sua filha chegou em casa com sinais como arranhões ou manchas roxas;
- observe se ele ou ela passa muito tempo na internet: isso pode ser um indício de que ela ou ele esteja fazendo parte de um grupo ou de uma gangue da escola;
- de qualquer jeito é fundamental que os pais frequentem e conversem com os profissionais da escola. Essa é uma forma de conhecer o comportamento e, principalmente, um jeito de proteger seus filhos.
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Tudo vem da educação doméstica.
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